O QUE AS MULHERES SENTEM AO TER UM ORGASMO - ELAS CONTAM
PERGUNTAS & RESPOSTAS
Desviar o olhar, esticar as pernas, encurvar as costas, gritar… Quais são as sensações que fazem com que as mulheres se retorçam de tanto prazer?
O escritor americano JD Salinger escreveu uma vez que “o corpo de uma mulher é como um violino: precisa de um músico fantástico para tocá-lo bem”.
Uma vez que se conhece o caminho, se sabe onde tocar e acariciar ou quais são os movimentos e posições que se deve fazer, muitas mulheres conseguirão alcançar o êxtases. O problema é que não há uma regra que se aplica a todas as mulheres, e cada uma sente coisas diferentes ao ter um orgasmo. Mas… Coisas como o que?
“A maioria de nós mulheres não sabemos quando nem como isso acontece, e não temos a ninguém para perguntar porque na nossa cultura simplesmente não se fala dessas coisas” comentou Emma McGowan, que pensa em como as mulheres poderão ajudar as mais jovens a tomar o controle sobre a sua sexualidade e descobrir o prazer se não se fala sobre este assunto.
“Temos condições de chegar até a lua, mas não entendemos o suficiente sobre como funcionam nossos próprios corpos”, comenta a endócrino e professora de sexologia na Universidade de Roma Tor Vergata Emmanuele Jannini, que passou anos lutando para desvendar o mistério do orgasmo feminino.
Para tentar descobrir um pouco mais a respeito do que ocorre durante o orgasmo feminino e inclusive buscar similaridades entre o que cada mulher desfruta e sente prazer, foi pedido para que quatro mulheres descrevessem o que sentem quando chegam ao clímax, e algumas sensações foram bastante similares.
O que sentem quando chegam ao orgasmo
“As sensações começam nas plantas dos pés que esquentam e eu as sinto formigar”, explica Jess, de 26 anos, “depois vai subindo pelas minhas pernas, que ficam tensas até que ocorre uma espécie de explosão e é como se todo meu corpo se desestrutura-se.”
O doutor Barry Komisaruk, da Universidade de Rutgers em Nova Jersey, Estados Unidos, uma das principais referencias em pesquisas relacionadas as relações cerebrais durante as relações sexuais, afirma que “as similaridades entre homens e mulheres durante o orgasmo são muito maiores do que as diferenças”. “Ativa o cérebro, todos os sistemas começam a funcionar e fica difícil distinguir entre as diferentes atividades”, continua Komisaruk.
O que explicaria por que a pessoa não consegue pensar em outra coisa quando está tendo um orgasmo.
“Uma vez que o alcança, porém, ocorrem algumas diferenças importantes, o que poderia explicar por que os homens e as mulheres reagem de maneira diferente depois do clímax”.
De acordo a Komisaruk, em uma pesquisa feita em conjunto com Kachina Allen, no momento imediato após o orgasmo, regiões específicas do cérebro masculino não respondem para impulsionar a estimulação sensorial dos seus genitais, enquanto que “nos cérebros femininos esse sinal continua ativo”, dizem as médicas. Feito que explicaria porque para as mulheres é relativamente mais simples ter orgasmos múltiplos.
Outra mulher de 23 anos de idade disse que no seu caso a intensidade e as reações do seu corpo ao ter um orgasmo variam de acordo com como chegou a eles: “Quando estou sozinha e uso meu vibrador preferido é como se passasse um relâmpago pela minha coluna vertebral e pelo meu estômago; quando simplesmente me masturbo durante horas, é como se todos meus músculos se esquentassem de uma vez; e quando estou com eu parceiro sinto o orgasmo dentro de mim, mais profundo e é como se ele se concentrasse de baixo do meu corpo”.
Como no caso anterior, as sensações para Sam, de 33 anos de idade, também variam – ela garante. Para ela o caminho até o orgasmo é uma “brincadeira mental maravilhosa” que se traduz em sentir algo parecido a “espasmos ultrassensíveis e um prazer incontrolável.”
A maioria das mulheres tem orgasmos clitorianos e, de acordo a descrição de Sam, este pode ser o seu caso.
Só depois do século XVI o clitóris passou a ser descrito como uma estrutura física diferente, comum em todas as mulheres, com a função de induzir ao prazer.
Embora foi em 1559 quando o professor de anatomia Realdo Columbo descreveu o clitóris como “a chave do prazer de uma mulher”, o gozo feminino passou para segundo plano, e o clitóris foi esquecido – pelo menos para os anatomistas e médicos influentes do século XX.
Por sorte, hoje a sua existência não é algo tão óbvio e a maioria das pesquisas sobre os orgasmos femininos se concentram no clitóris, já que por esta pequena pontinha passam cerca de 8.000 terminações nervosas.
Outra usuária da internet que usa a inicial do seu nome para contar a sua experiência em primeira pessoa poderia ter mais a ver com a ejaculação feminina. “Quando tenho um orgasmo sinto como se meu clitóris expulsasse lentamente água quente para fora”, assegura S. de 21 anos.
Diferentes estudos científicos que estudaram a complexa rede de vasos sanguíneos e terminações nervosas que estão na área conhecida como ponto G sugerem que para uma minoria das mulheres – particularmente aquelas que têm os músculos do assoalho pélvico fortalecido – a estimulação desta área pode provocar orgasmos intensos e a liberação de uma pequena quantidade de fluido através da uretra (que não é urina!).
FONTES por: Jorge Albuquerque
-CHARNELBLOG- 2016-
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