VOCÊ JÁ COMPROU ALGUM PRODUTO ERÓTICO? SAIBA POR ONDE COMEÇAR
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Pesquisa revela que 83% dos brasileiros nunca consumiram artigo erótico.
Apenas 17% dos brasileiros recorrem a produtos eróticos para melhorar a qualidade do sexo. A informação é de uma pesquisa nacional de uma marca de preservativos divulgada este ano.
No entanto, levantamento da Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme) mostra que homens e mulheres afirmam que a atividade sexual é essencial para a felicidade individual e o do casal.
Daria para concluir que brasileiros e brasileiras estão satisfeitos com a vida sexual que têm, certo? Pelo contrário: outro dado revelado pela Durex Global Sex Survey afirma que 51% dos homens e 56% das mulheres estão infelizes. Presidente da Abeme, Paula Aguiar diz que é justamente para os casais que têm uma relação estável que esses produtos são mais relevantes. “Produtos eróticos são importantes acessórios para apimentar relacionamentos, principalmente os estáveis. Eles servem para tirar o casal da rotina, para se reconectar, para comemorar datas especiais e ajudar a conhecer a intimidade do outro”, diz.
"Mulheres brasileiras representam 70% dos frequentadores de lojas de artigos eróticos".
Dentro dessa perspectiva, as mulheres brasileiras dão um banho nos homens já que representam 70% dos frequentadores de lojas de artigos eróticos. A maioria delas (43,2%) tem entre 18 e 25 anos; 36,3% têm entre 26 a 35 anos e 20,5% mais de 35. ”Apesar de os homens estarem mais atentos às necessidades femininas, ainda são elas as grandes cuidadoras da relação”, avalia Aguiar. Por onde começar:
O lubrificante é um bom exemplo para entender o tanto que o consumo de produtos eróticos ainda é tabu no país. Apesar de indicado inclusive por médicos, no Brasil a venda é muito inferior se comparada a de outros países, segundo a presidente da Abeme. “O mercado brasileiro tem à disposição mais de 8 mil itens de produtos eróticos. O lubrificante, por exemplo, melhora a experiência da penetração e é uma boa maneira de começar”, indica. Outro produto que ela sugere aos iniciantes é o gel comestível. “São quarenta sabores disponíveis no país e pode ajudar no sexo oral”. O anel peniano é o vibrador mais vendido por aqui. “É fácil de usar, é simples, barato e serve para proporcionar sensação tanto para o homem quanto para a mulher”, afirma. Se, por um lado, o brasileiro ainda pode ser considerado um pouco travado para diversificar as experiências sexuais, por outro, mudanças têm acontecido. Ano passado, foi inaugurada a primeira loja para casais cristãos evangélicos. A Sexshop Gospel, entretanto, não vende alguns artigos que considera incompatível com a doutrina compartilhada pelos fiéis como artigos para homossexuais. Em 2013, também surgiu a primeira testadora brasileira de produtos eróticos, Mariana Blac.