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CRÍTICOS DIZEM QUE 'Grey' É PREVISÍVEL E APENAS PARA FÃS DA FRANQUIA.

CULTURA

"Grey", novo livro da franquia "Cinquenta tons de cinza", da britânica E.L. James, foi publicado em inglês na quinta-feira (18) de junho. A história agora é contada do ponto de vista de Christian Grey. No Brasil, a obra sai em 18 de setembro.


Com o lançamento no exterior, vários críticos de literatura publicaram suas opiniões sobre a obra. Do "Washington Post", que diz que o livro é apenas para fãs obcecados pela franquia, ao "Guardian", que observa Christian Grey como um psicopata previsível. O G1 selecionou trechos de críticas de alguns dos principais veículos. Leia abaixo:


'The Guardian': "O primeiro livro foi um retrato bastante divertido e leve da fantasia sexual de uma mulher. No entanto, é quase impossível ler 'Grey' e não presumir que o narrador vai acabar na cadeia. É mais uma reminiscência daqueles thrillers que abrem a partir do ponto de vista do assassino 'respiração-pesada' que persegue sua presa. Em vez do sadomasoquismo alegre, repetitivo e suave, o 'caso de amor' é agora o trabalho retorcido de um psicopata total." (por Jenny Colgan)


'The Telegraph': "'Grey', o quarto livro de E.L. James, é tão sexy quanto um mísero livro de memórias e tão excitante quanto o diário de um agressor sexual. Isso, então, é o melhor que o século 21 pode nos dar em termos de heróis literários românticos - um inferior Mr. Darcy com ganchos de mamilo. A mensagem aqui é clara: devemos ter pena dele. E, no entanto, a única pessoa de quem eu sinto pena é da pobre Anastasia, que, tendo tido a oportunidade de contar seu lado da história na trilogia '50 tons', foi descrita, neste livro, com toda a personalidade de uma boneca inflável." (por Bryony Gordon)


'The Washington Post': "Não há como negar que 'Grey' é o sonho de um fã obsessivo. Ele reconta a história de '50 tons de cinza' e uma parte de '50 tons mais escuros' na perspectiva de Christian. É um livro gigante, com 557 páginas de tensão entre Ana e Christian e às vezes uma inquietante história de amor, aqui feita mais perturbadora do que os fãs já sabem: Christian não é apenas sombrio e misterioso; ele é tudo o que advertiu a Ana no livro original. (...) Mas mesmo com toda essa explicação, com a defesa clara e bem trilhada de Christian, é difícil entendê-lo. Ou melhor, é difícil entender por que qualquer mulher no seu perfeito juízo iria dar uma chance a ele." (por Sarah MacLean)


'The Economist': "Aqui, a sensualidade amarrada na estrutura da narrativa revela Grey como um ainda mais profundamente desagradável idiota inseguro do que sua correspondente tinha imaginado anteriormente. E não mais tridimensional. A maioria dos capítulos começa com oníricas vinhetas de sua infância abusiva (com a exceção de um molhado sonho hediondo sobre dois terços da história). Mas, se estes foram feitos para ajudar a dar-lhe profundidade e desculpar o seu comportamento menos picante, então eles fracassaram."


Associated Press: "Após os filmes, nós realmente precisamos de pequenos apartes do interior de Grey, 'Talvez isso possa funcionar', por exemplo? Existe alguma coisa que já não sabemos sobre ele? Auto-aversão de Grey ganha vida em previsíveis obscenidades - e clichês previsíveis como quando ele percebe que sua atração por Ana é "como uma mariposa para uma chama."" (por Leanne Italie)




FONTE Do G1, em São Paulo

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