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CAMISINHA: USE SEM MODERAÇÃO

ARTIGOS

É verão, sei lá, dá uma vontade boa de se dar…”, já diz um dos hinos do Carnaval de Salvador. E nós, brasileiros, sabemos como ninguém que a união de verão + Carnaval só pode resultar em uma coisa: festa, meu rapá, muita festa. No meio da alegria e da folia, os súditos de Momo transformam a bebida, a azaração e muito sexo em protagonistas. E é justamente nesse momento que podemos perder a cabeça – e esquecer de nos proteger.

Segundo dados disponibilizados pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, no Brasil as estimativas da Organização Mundial da Saúde de infecções de transmissão sexual na população sexualmente ativa, a cada ano, são bastante altas: quase 1 milhão de pessoas são contaminadas com sífilis, 1,5 milhão com gonorreia, quase 2 milhões com clamídia e 685 mil com HPV. Isso sem falar na transmissão de HIV. Apenas em 2013, o país registrou 44 mil novos casos de Aids.

Conversamos com Sylvio Quadros, coordenador do Departamento de DST da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), e com médicos do programa municipal para sabermos quais são as doenças sexualmente transmissíveis que mais aumentam de incidência nesta época do ano – e, claro, como nos proteger. Quadros, no entanto, alerta: “Dificilmente iremos encontrar doenças cuja transmissão não se dê após o contato entre as mucosas”. Na verdade, sabemos que o único método de prevenção 100% seguro é a abstenção de sexo. Mas, como não temos vocação para a vida celibatária, o jeito é colocar a camisinha. Divertir-se é muito importante. Mas ter cuidado é essencial.

Herpes

Uma das DSTs campeãs de contágio no Carnaval, o herpes é causado por um vírus que provoca feridas que surgem no pênis, na vulva ou no ânus, geralmente com ardência. São elas o principal agente de transmissão. Existe também o herpes labial, que aparece nos lábios como bolhas pequenas e doloridas.

Contágio O herpes labial pode ser transmitido pelo beijo. Já o genital é passado por via sexual.

Tratamento É feito por meio de medicamentos. O herpes, tanto o genital quanto o labial, não tem cura. Há apenas cuidados a serem tomados para evitar a recorrência. A baixa imunidade da pessoa e seu nível de estresse, por exemplo, estão relacionados à manifestação do vírus. E as crises de herpes labial costumam aumentar com a exposição solar.

Mononucleose

Conhecida como “doença do beijo”, a mononucleose infecciosa é causada por um vírus transmissível por meio da saliva. É a que mais se prolifera no Carnaval, principalmente nas micaretas, em que todo mundo beija todo mundo. Os sintomas são febre, dor de garganta e aumento dos linfonodos – pequenos órgãos que ficam nas axilas, virilha e pescoço.

Contágio O vírus é transmitido pelo contato com a saliva de alguém contaminado.

Tratamento Não há medicamentos. Recomenda-se beber muito líquido – e não estamos falando de álcool – e repousar. Quem tem essa doença uma vez não corre o risco de contraí-la de novo, pois desenvolve anticorpos.

HPV

O papilomavírus humano, mais conhecido como HPV, é um grupo de mais de uma centena de vírus diferentes que pode causar a formação de verrugas nas regiões oral (boca, lábio e cordas vocais), anal, genital e da uretra, mas sua infecção pode ser assintomática. As lesões genitais podem ser de alto risco, porque são precursoras de tumores malignos – especialmente do câncer de pênis.

Contágio O vírus é transmitido por sexo oral, vaginal e anal. A doença nem sempre tem cura, porque o vírus pode não ser eliminado do organismo.

Tratamento Às vezes o vírus desaparece mesmo sem tratamento. Mas, geralmente, com medicamentos como pomadas. O importante é ir logo ao médico caso desconfie de alguma verruga na região genital, porque se o caso virar câncer o tratamento é apenas cirúrgico.

Uretrite

Como o próprio nome sugere, as uretrites são inflamações na uretra. Quando contaminado, o sujeito urina mais vezes ao dia – e costuma ficar com a sensação de que a bexiga continua cheia. Ele também sente ardência ao urinar e, dependendo do caso, elimina uma secreção com pus pela própria uretra, sobretudo pela manhã.

Contágio Muitas das uretrites são transmitidas por germes por via sexual – elas aparecem em decorrência de alguma DST, como a gonorreia e a clamídia.

Tratamento Normalmente é feito com medicamento.

BOTA A CAMISINHA

Preservativos com texturas e sabores são as apostas das fabricantes para incentivar o uso. Nós aqui da VIP tivemos a difícil tarefa de testar alguns. Veja o resultado:

  • Blowtex Skyn Texturizado: As ondulações no corpo do produto não são percebidas pelo homem, mas dão uma leve e agradável sensação de atrito para a garota.

  • Jontex Maçã Verde: camisinhas com sabores são a aposta da marca. Para sua gata fazer sexo oral, é melhor do que gosto de borracha. E ela NÃO é verde. Ufa!

  • Olla Ice: provoca uma sensação de geladinho que pode ser sentida por ambos os envolvidos na transa. É sutil, mas gostosa.

  • Prudence Extreme: ondulações e relevos no corpo do produto fazem com que a mulher sinta um atritozinho de leve, mas que ajuda a dar prazer.

  • Blowtex Turbo: muda de temperatura – esquenta e depois esfria –, o que acaba sendo engraçado e ajuda a apimentar, além de prolongar o prazer no final.

  • Prudence Efeito Retardante: um anestésico faz com que o homem demore mais para ejacular. Em nosso teste, o cara não percebeu a ação, mas o sexo durou um pouco mais.

​Artigo Publicado Por: Paulo Henrique Lira as 9:50 pm em 13/02/2015

http://vip.abril.com.br/camisinha-use-sem-moderacao/

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