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9 LIVROS ERÓTICOS QUE FAZEM CINQUENTA TONS PARECER LITERATURA INFANTIL !

CULTURA

A febre da trilogia Cinquenta tons de cinza esquentou os ânimos da mulherada. A história de amor entre Anastasia Steele e Christian Grey deixou as leitoras animadinhas para experimentar coisas novas, assim como os enredos picantes de Sylvia Day, autora que já vendeu mais de 12 milhões de exemplares pelo mundo. Mas não é só de best-sellers que a literatura erótica é feita. Existem muitos livros interessantes (e mais excitantes!) por aí e que, apesar de menos conhecidos, são capazes de despertar a imaginação dos homens e levar as mulheres à loucura. Conheça alguns dos romances:

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1 - Elogio da madrasta

Mario Vargas Llosa

No romance, o peruano cria um contraponto perfeito entre o amor e a inocência, inspirado, segundo alguns acreditam, na sua própria vida. Ele revela a sensualidade de dona Lucrécia, casada com dom Rigoberto e madrasta de Fonchito, com quem acaba se envolvendo.

"Enquanto avançava para ele, também risonha, dona Lucrecia surpreendeu - adivinhou? - nos olhos do enteado um olhar que passava da alegria ao desconcerto e se fixava, atônito, em seu busto."

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2 - Mulheres

Charles Bukowski

O terceiro romance de Bukovski narra as aventuras sexuais do alter ego do autor, Henry Chinaski. Aos 55, o protagonista está de volta às pistas com os tipos mais loucos de mulheres depois de quatro anos longe do sexo.

"Ela gemia, com a cabeça apoiada no travesseiro. "Ãããiiii..." Maneirei e fiquei só bimbando de leve."

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3 - A casa dos budas ditosos

João Ubaldo Ribeiro

A obra, que representa o pecado da luxúria, é narrada por uma velhinha que beira os 70 e que conta, sem pudores, suas memórias libertinas. A história ganhou adaptação para o teatro, em 2004, em forma de monólogo com Fernanda Torres.

"Faço tudo que me dá na cabeça, não quero saber de limitações. Eu não pequei contra a luxúria. Quem peca é aquele que não faz o que foi criado para fazer."

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4 - O amante Marguerite Duras

Considerado o livro mais autobiográfico da escritora, dramaturga e cineasta, o romance narra um episódio da adolescência de Duras: sua iniciação sexual, aos 15

anos e meio, com um chinês rico de Saigon.

"Ele lhe arranca o vestido, joga-o longe, arranca a calcinha branca de algodão e a leva nua para a cama. Então, vira-se para o outro lado e chora."

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5 - Pequenos pássaros

Anais Nin

As 13 histórias presentes no livro trazem pessoas - sobretudo mulheres - que dão vazão à paixão sob todas as formas e encaram seus mais variados anseios sexuais.

"Depois, me tocava devagar, como se não quisesse me despertar, até que eu ficava molhada. Aí, seus dedos passavam a se mover mais depressa. Ficávamos com as bocas coladas, as línguas se acariciando."

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6 - Pornopopeia Reinaldo Moraes

Zeca é um cineasta marginal e obcecado por drogas, bebidas e mulheres. Sem dinheiro, ele se mete em um rolo atrás do outro.

"A certa altura, dando uns tiros de olho ao redor, flagrei-me num dos espelhos mágicos com a cara lambuzada de rouge-xoxotte."

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7 - A filosofia na alcova

Marquês de Sade O romance se passa em um quarto e trata da educação sexual de uma jovem apresentando, além do erotismo, posições ideológicas que discutem os ideais republicanos e as submissões de uma maneira geral.

"Aos vinte e seis anos, já deveria ser uma beata e não passo da mais devassa de todas as mulheres. (...) Acreditava que, me limitando às mulheres, conseguiria tranquilidade; que meus desejos, uma vez concentrados em meu sexo, não transbordariam sobre o seu."

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8 - O Sofá

Crébillon Fils

Condenado por decreto divino a reencarnar sucessivas vezes como um sofá, o narrador tem de sustentar e dar apoio, literalmente, a diversos tipos de aventuras amorosas e sexuais.

"Enrubecendo pelo que sentia, queimava de vontade de sentir mais; sem imaginar novos prazeres, desejando-os..."

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9 - O amante de Lady Chatterley

D. H. Lawrence

Repleto de palavrões e sexo explícito, o livro conta a história de um homem da classe trabalhadora e uma mulher da burguesia que se apaixonam intensamente.

"(...) Até que, de súbito, numa delicada convulsão, o mais vivo do seu espasmo foi alcançado; ela o sentiu alcançado - e tudo se consumou: seu 'eu' esvaiu-se; Constance não era mais Constance, e sim apenas mulher."

Artigo publicado: 12/04/2014 08:00 BRT Atualizado: 20/08/2014 16:47 BRT Nathália Bottino.

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